7.07.2015

Tenho 62 sobrinhos.

Já vos falámos aqui do grupo bimbo no Facebook através do qual eu e a Joana Gama nos conhecemos. Isso, Mamãs de Março de 2014. No início, entrei contrariada porque um amigo que eu e a Joana temos em comum quase me obrigou. Para já, elas já se conheciam quase todas há meses. Depois, mostrar barrigas semana após semana? E pés inchados? E o que comem ao almoço? Really?

Fui apanhada na esquina. Em menos de nada, estava a adorar fazer parte daquilo. Aturar grávidas. Dividir com elas medos e desejos. Fazer amigas, reais, através da internet. Estava a acontecer e eu já não sabia viver sem aquilo. 

Quase dois anos depois, cá estamos. A mostrar os primeiros passos dos nossos filhotes umas às outras, a pedir conselhos para os que são piscos a comer, a divulgar promoções de fraldas... e a combinar encontros. É bom conhecer uma grupeta assim. Somos todas tão diferentes, mas une-nos o amor pelos nossos filhos, os de março e todos os outros (sim, porque nem todas somos mães de primeira viagem - expressão mais bimba de sempre). Umas usam trelas nos filhos, outras nem pensar, umas amamentam, outras já não, umas são assim, outras são assado. Mas conseguimos ser civilizadas, amigas, respeitadoras. Já somos praticamente família!

Mariana
Lucas
Isaac
Beatriz
Rita
Isabel

Mauro e Lia

Enzo e Marco

Martim
Martim e Beatriz
Sem esquecer, claro: a Irene, a Carolina, a Sofia, a Mia, a Inês, a Inês, a Inês, o Diogo, o Vicente, o Rafael, o Gabriel, o Pedro, a Ana Margarida, a Flor, o Simão, o Martim, a Eduarda, a Alicia, a Matilde, a Mariana, o Afonso, a Eva, o Levi, o Sebastião, a Luana, o Miguel, a Maria Francisca, o Rodrigo, a Lara, o Salvador, o André, o Emanuel, o Miguel, a Iara, o Bernardo, a Mafalda, o Francisco, Benedita, a Marta, a Lara, o André, o Dinis, o Afonso, o João, a Marta (aiiii espero não me estar a esquecer de nenhum!).

Papada - a saga das piores fotografias de sempre.

Não posso usufruir assim do meu poder. Num post que fiz recentemente publiquei as fotografias menos bonitas da minha filha (estas) e, apesar de ninguém me ter desafiado para fazer isto, achei justo também mostrar-vos o meu pior. Nada que, porém, ultrapasse as bonitas fotografias que vos mostrei no final deste post (vale MESMO a pena ver para se rirem um bocado), mas acho que é boa o suficiente para vos fazer sentir melhor convosco próprias se hoje tiverem uma daquelas borbulhas do lado de dentro do nariz que doem imenso. Quem saiba quem é a Honey BooBoo, aqui estou igual à Mama June, mas sem a bingo face e sem o sarro todo que ela esconde dentro da papada. De salientar o efeito do meu problema de pele (rosácea) até no queixo e uma bela cicatriz que fiz ao ser estúpida. 


Está bem eu conto! Foi em Moçambique. O meu pai foi para lá morar e dar aulas há uns anos. Fui lá passar férias e tinha de tomar todos os dias os anti-palúdicos ao jantar. Esqueci-me e toda aldrabona tomei de manhã em jejum, cheia de medo de morrer de paludismo (tinha 15 anos). Quando saí de casa e ia a andar no jardim para ir ter com eles que estavam no café a tomar o pequeno almoço, desmaiei e bati com o queixo na única pedra que lá estava. Depois passei o resto do dia a vomitar e a tremer, mas isso "já não interessa nada" (como falamos de queixos, lembrei-me da Teresa Guilherme). 

Ah! E eu juro que sei por fotografias direitas no computador, mas não tive coragem. Acho que assim as pessoas olham, riem-se, mas acho que metade do esquisitismo é da foto estar ao contrário. Não é.


7.06.2015

Já apanharam este susto?

Acho que só se apanha uma vez. E é quando se é mãe pela primeira vez. Por esta altura, no ano passado, a Irene começou a mexer-se na cama e a adoptar posições esquisitas. Uma vez, quando lá fui, estava assim. 


Fiquei moderadamente em pânico, porque diziam-me "ela tem de dormir de barriga para cima". Eu: "está bem, mas e agora? não vou acordá-la para a virar de papo para o ar". Dormi esta noite e a seguinte (ahah como se eu dormisse) algo preocupada, mas não sei bem porquê.
Esta é uma daquelas preocupações que as pessoas que têm mais do que um filho dizem: "é o primeiro, não é? Pois...".

Cada vez mais me apercebo de que eles só fazem o que conseguem e podem fazer. Ela, se se virou assim, é porque pode. E, se não pudesse, também o que podia eu fazer? Não lhe ia lá por daqueles cilindros para ela não se mexer porque os bebés não devem ter bonecos na cama (salvo um dou-dou) já que está provado que ter coisas na cama, tendo eles esta idade, pode provocar o pior dos acidentes.
Agora olho e penso: "que barriguinha tão deliciosa que tinha a minha moreninha" e "que bem que lhe ficava aquele pijama do Auchan". 


Mães para ser, não se preocupem com isto.

Mães que já são, é bom já não termos estas preocupações, não é? Imaginem o "descanso" mental do segundo! 



Estou a ser operada neste momento.

E não, não vos escrevo a esta hora. A esta hora devo estar em nenhures ou onde todos os cérebros estão quando sob o efeito da anestesia. 

Se estava cheia de medo? Estava. Nunca fui operada na vida (e o parto não conta porque estive sempre consciente). 

Mas agora já está. A esta hora (a que me lêem) já o bisturi abriu parte da minha mama e extraiu o que, ao que tudo indica, é um fibroadenoma. A biópsia foi inconclusiva, mas deve ser.

A Joana Gama perguntou-me no outro dia, entre outras coisas, se eu tinha receio do aspecto da cicatriz. Vi, com 12 anos, a minha avó Isabel morrer de cancro da mama, que se alastrou para os ossos. Lembro-me bem do corte que ela tinha, de uma ponta à outra da mama. Recordo-me de dormir a fazer "caixinha" com ela (sei que vocês dizem "conchinha" ou "colherzinha" mas nós dizíamos "caixinha"), de pôr a mão por cima dela e de ter medo de a magoar no peito. Lembro-me como se fosse hoje daquela cicatriz. A minha, ao pé daquela, vai ser um arranhão. Por isso não, não tenho pena nenhuma de ficar com uma cicatriz.

O meu medo não é esse. É uma estupidez, é irracional, mas tenho receio de não acordar da anestesia. Não me perguntem de onde é que isso vem, que eu não sei. Não sei que série vi, que filme, mas algo ficou aqui a pairar nesta cabecita. Sei bem que a probabilidade de me acontecer alguma coisa desse género é ínfima, que sou jovem e saudável, mas enfim. Despedi-me com uma lágrima da minha filha e nem a levei à creche para não dar espetáculo. Ontem tive vários momentos em que pensei "será a última vez que...", o que é estranho, porque sou uma pessoa optimista e não costumo ser tão tontinha. Deve ser por agora ter uma Isabel na minha vida e querer muito estar viva para vê-la crescer.


Bem, agora já está. Não tarda nada estarei a acordar. E assim que possa, venho dar-vos notícias. Ou dá a Joana por mim. E obrigada pelas boas energias. Sei que estão neste momento a torcer por mim.

7.05.2015

Mania de querermos que os nossos filhos sejam os primeiros.

Comecemos pelo fim. A minha filha está sempre em primeiro.

Mas só na minha vida. E na do pai. 

De resto, está no lugar em que estiver. Não quero ser daquelas mães que salta desvairada para dentro do campo de futebol para dar uma lição ao árbitro que marcou falta injustíssima ao filhinho. Não vou ser daquelas mães que, em casa, diz "podias ter feito muito melhor", quando o filho chega com um Bom. Nem daquelas que vaticinam sempre que a culpa é dos professores e que os filhos são uns incompreendidos. Não quero ser daquelas mães que dão na cabeça aos filhos porque lhes estão a pagar explicações, "não é para se darem ao luxo de terem menos de 18!". Não vou ser daquelas mães que cegam com a medalha de ouro. 

Quero que a minha filha fique no lugar em que ficar, desde que isso lhe dê prazer. Desde que se esforce. Desde que goste. Não a vou pressionar para ser a melhor, para chegar ao pódio. Pode ser a última, se for uma corrida suada. Se a fizer sorrir.



















Toda esta metáfora para dizer que a minha filha foi a última a chegar à meta no Kids Race. Não suou e quem sorriu fui eu, que ela não tem ainda noção nenhuma do que ali aconteceu. Esteve na rua, apanhou ar, esteve com as primas Alice e Laura, viu outras crianças, provou maçã desidratada, dançou. 

Não se assustem que não vou dizer que "o que importa é participar" (Ups! Já disse!) porque de clichés já está este texto cheio. Mas também ele cheio de verdades. As minhas. Desejo uma cultura de exigência (q.b.) cá em casa, não fui educada a paninhos quentes nem a palmadinhas nas costas, mas também não me identifico com uma educação assente no endeusamento dos filhos ou da exigência a todo o custo. Espero criar uma pessoa aguerrida, lutadora, mas espero que não seja uma adulta frustrada por não ficar em primeiro.

"Ui! Que ela está toda armada em Gustavo Santos e não sei quê."


Para descomprimir um bocadinho, conto-vos que a Filipa Silva, uma leitora fofinha, foi ter connosco ao Kids Race e apresentou-nos o rebento e o maridão. Fiquei tão, mas tão contente! Adoro conhecer-vos pessoalmente! Fico sempre a achar que nos devem curtir mesmo e que até somos boa onda para se virem meter connosco! Obrigada, Filipa!

A nossa primeira vez.

Bem sei que o título pode sugerir algo que mereceria uma bolinha vermelha no canto, mas não. Não estou a falar da primeira vez que o meu marido e eu tal e tal. Apesar de achar que haveria mais gente a ler, porque somos todas umas cuscas de primeira. :)

Estou a falar da primeira vez que me senti verdadeiramente grávida. Infelizmente, logo nos primeiros dias, tive uma infecção urinária (um clássico meu) e tive de ir ao hospital ver se estava tudo bem com a Irene e tal e tal (já é a segunda vez que estou a escrever tal e tal, não é?). Ela era menos que um pontinho, era um pixel. Apesar de ter ido a chorar no carro às 5h da manhã (ter uma infecção urinária é tão incómodo como as contracções de parto), acabei por sair de lá com as mesmas dores, mas com uma sensação diferente. 

Nada se compara a isto, claro. A primeira ecografia. 

Foi das coisas mais... chocantes pelas quais alguma vez passei. Saber que tinha em mim um mini-marido e mini-eu que eu irei amar o resto da minha vida. A minha maior responsabilidade. Tinha que, além de a fazer feliz, ensiná-la as ferramentas para saber ser feliz e ajudar os outros a serem felizes também. 

Claro que, nesta altura, ainda não sabíamos se era uma Irene ou um Lourenço. Spoiler: Irene. 

Chorei quando a vi, sim. Foi como um daqueles episódios do Ponto de Encontro de pai e filho que não se viam desde que as pulseiras do Sr do Bonfim estavam na moda. Desmanchei-me a chorar. O Frederico acho que ficou mais babado por me ver assim do que propriamente com a ecografia. Se calhar por ser eu quem estava (e estou ainda, provavelmente) encharcada de hormonas. Devo ainda estar tão desequilibrada que quase que choro quando vejo o anúncio do Cálcio +. Provavelmente porque a rapariga é lindíssima e eu acho que deveria ser apresentadora de televisão e não vão pegar nela. E não me refiro à velhota. Sim, Maria Helena, acho.




E quando ouvimos o coração? Aí, sim. Aí apercebemo-nos do privilégio que é podermos criar vida. Podermos ter o dom de gerar um ser humano tão pequenino e que, ainda dentro da mãe, é amado e desejado por tanta gente. 

Um amor que gera mais amor, mas em forma de bebé. 

Foi e é, de longe, a melhor coisa que fiz na minha vida. 

Deixei de ser menina e passei a ter uma. 

Vocês? Estavam preparadas para tanto amor e logo à primeira vista?

Não tenham medo de ir.

Ouço e leio algumas mães a queixarem-se dos receios que as assombram na hora de ir passear com os filhos. 
As primeiras vezes que saímos à rua com eles não são nada fáceis, é verdade. Tirando a primeira de todas, que foi, com três semanas, ao jardim que fica a 100 metros de casa, nas seguintes voltava umas 3 vezes atrás, para ir buscar coisas. "Mais uma muda de roupa, que o cocó é muito mole e pode haver estragos, mais uma mantinha, o chapéu também é melhor levar. Ou uma touca. Se calhar a touca é mais bem pensado." Mas depois, acreditem, tornam-se mais ágeis a preparar as malas e os lanches que a Telma Monteiro a dar cabo da húngara na semana passada. 

Com 28 dias, fomos até ao Príncipe Real

Quando já dominarem a arte do passeio de uma hora ou duas, podem arriscar um fim-de-semana em família. Palavra. Uma noite fora, para irem devagarinho.

A nossa primeira escapadela foi a Óbidos. Já tínhamos estado em Évora e em Santarém na casa dos avós. Escolhemos um destino próximo (1 hora de Lisboa), para não a maçarmos muito com a viagem, e posso dizer-vos que correu mesmo muito bem. Medo com birras? Fazem-nas em qualquer lugar e não têm de se sentir envergonhadas com isso. São bebés. Se vão para um hotel, pedem cama para eles, se forem para uma casa alugada, levam uma cama de viagem. Pronto, eles têm onde dormir as sestas. Tudo controlado. Se forem comichosas com a comida para os babies, como eu era, levam sopas e comidas simples numa mala geleira. Nesta altura levei também as mamas atrás, que resolvem muita coisa.

De resto, é ir. 







7.04.2015

Que horror!

Acho que está na altura de baixar um bocadinho a moral da Irene. Estou sempre a escrever o quanto gosto dela, o quanto ela é tudo para mim. Escrevi e publiquei um livro que fala do quanto já a amava antes dela nascer e tudo que acho que, quando ela ler isto tudo na adolescência, vai ficar muito com a mania e, por isso, cá vão as fotos em que ela ficou menos bonita de sempre. 

Eu continuo a achar que ela está linda e que me apetece morder-lhe as bochechas como se fossem um bom bife tártaro, mas tenho noção que é por ser mãe dela ;)

Além duma aparente estrabismo (os bebés podem tê-lo até ao primeiro ano sem ser motivo de "alarme") a lente, por ela estar muito perto, deformou-lhe a cara toda tadinha.

Isto para além de ter saído com a testa da mãe. 

Parece um gordo pervertido!

Pronto, Irene. Isto é só para te por no lugar. Tira lá a mãozinha da anca, sff. 





















Coisas de que não me devia ter queixado antes

Lembram-se de quando não eram mães? Vida tão sem graça, não era? Não, nem por isso.

Pelo menos eu gostava da minha vida antes de ser mãe. Nada se compara com a que tenho agora. Agora sinto que tenho razões inesgotáveis para viver. Passo a maior parte dos meus dias a rir. Acordo a rir (pelo menos quando chego à cama dela, mesmo com sono, desmancho-me logo), passo as horas com a minha filha a sorrir e a fazer macacadas. Sou muito mais feliz agora. Agora, sim, sou feliz.

Mas... não há cá mares de rosas. É difícil. Somos postas à prova, diariamente, seja por birras, privação de sono, roupa que se acumula, dúvidas existenciais, cansaço, falta de dinheiro, discussões à noite com o marido, causadas pelo sono...

Imaginemos que esta sou eu. Furiosa. E boa.


Cá está uma lista de coisas de que não me devia ter queixado antes:

#01 "Tanta roupa por passar" (três calças, duas camisas e duas t-shirts)
Agora, "caraças, o cesto da roupa chega ao tecto!"

#02 "Não tenho tido tempo para mim" (ir jantar fora com amigas, comprar um vestido ou acabar o livro da cabeceira)
Agora, "posso urinar em paz?"


#03 "Ai acordar às 07h para ir trabalhar!"
Agora, "ai acordar à 01h, às 03h, às 05h e às 06h30... Quero morreeeer!"


#04 "Já punha uns implantes..." (maminhas pequenas, mas no sítio e redondinhas)
Agora, "o que é que as minhas mamas estão a fazer num umbigo?"


#05 "Não está a dar nada de jeito na televisão..."
Agora, "ia bem era um rotativo nas trombas do Henrique."/ "calem-me a porcaria dos números!!!"


Querem acrescentar mais? :)

Ando doida com isto!

Aposto que pelo menos uma ou duas de vocês começou a cantar o "doidas, doidas, doidas andam as galinhas" para dentro só por ter lido a palavra "doida". Ossos do ofício, não é? 

Nunca gostei muito de não ver a Irene enquanto conduzo, mas não o suficiente ao ponto de pedir aos senhores do stand para desligar o airbag ou de pagar o balúrdio que pareciam pedir pelos espelhos deste género na Amazon. Nunca tinha visto a vender a lado algum. 

Agora, pelos vistos, até no Jumbo. Tenho este da Safety1st que é enorme, tem o aspecto dum urso (dá sempre para distraí-la quando estou a apertar o cinto da cadeira) e até eu consegui pô-lo no banco. Tem só dois cintos e é apertar e direccionar. 

Inconveniente? Enquanto é novidade não consigo parar de olhar para ela, para todas as expressões que ela faz sem saber que é vista, quando leva com um bocadinho de sol na cara, quando está a cantar comigo, tudo...


Ela porta-se sempre bem no carro (a não ser quando não se porta hehe), mas gosto de a ver. 

Vocês aderiram a isto ou têm-nos no banco da frente ou tanto dá?



* Desculpem as fotos de má qualidade, mas quando as tirei era para mandar ao pai e não para por no blog ;) Se calhar é mais desculpa, Joana Paixão Brás hehe Não me odeies da tua maneira fofinha.



Ajuda: onde se compram estes lenços-fita?


É muito provavelmente o post mais parvo de sempre, mas se vocês nos perguntam onde compramos as roupas das miúdas, do quarto e afins, também me vou aproveitar deste espaço para vos pedir uma ajudinha.

Sabem onde se podem comprar estes lenços que têm fita elástica em baixo e que são muito práticos para a piscina/mar? É certo que não têm aquela aba que ajuda a proteger o sol da cara e dos olhinhos, nem são anti-UV mas, como os chapéus da Isabel vão parar muitas vezes - todas - dentro de água, substituía-os por isto só na hora de ir ao banho...

Este foi emprestado no ano passado, e queria dois ou três coisos destes, mas não encontro à venda em lado nenhum. Agradecida.

7.03.2015

Já têm o que fazer no domingo?

Encontramo-nos por lá? Não sei é a que horas vamos por causa das sestas das miúdas, mas vamos apontar para as 17h30 para estarmos por lá para entregar o donativo à Fundação do Gil. Se nos virem, venham falar connosco. Se tiverem coisas boas para dizer. Se tiverem coisas más, fico com medo e o melhor é contactarem-nos por mail, ok? ;)




Somos mães bloggers do Barrigas de Amor, de certeza que já ouviram falar. Mesmo antes de ser blogger ou de ser mãe já sabia o que era isto do "Barrigas" por causa deste evento. É mesmo o maior evento para a grávida e para a família de Portugal, lembro-me de todo o movimento que trazia a Oeiras nesses fins-de-semana enquanto ainda lá morava.

Estou a par das imensas novidades para este ano e estou mesmo muito contente por haver tantas grávidas e mães que vão ter acesso a tão boa informação. A Amamentos, por exemplo, que foi a clínica de amamentação onde fui quando a Irene e eu atravessávamos "a crise dos 3 meses", é uma óptima maneira de reunirem a informação necessária para garantirem o sucesso da amamentação prolongada. Ambas as Dras. que dão lá consultas são fabulosas ao ponto de até enviarem mensagens dias depois para saber como estão a correr as coisas. A mim tocou-me muito e acho que à Joana Paixão Brás também quando precisou.

É este Domingo das 10h às 20h (não há desculpa de já terem coisas combinadas porque o horário é bastante alargado, certo?) no Parque dos Poetas e sabem que mais? É de graça!

Fiquem a par de todas as novidades no facebook do Barrigas de Amor.

Duas coisas que reparei que iria só estar a parafrasear do press e que assim vos transmito na mesma com metade do trabalho ;) 

- Também há lojinhas de roupa e afins. Se já tiverem recebido o ordenado percam-se de fininhos em desculpas para vocês próprias para comprarem alguma coisa, já sabem como é ... ;) A Joana vai estar a babar-se para as golas todas que por lá andarão. 

"Para as crianças, e porque elas são sempre uma das maiores apostas do BARRIGAS DE AMOR®, a animação está garantida. Existem cerca de 21 espaços direcionados para os mais pequenos. Vão poder fazer ateliers de música, brincar em insufláveis, andar de pónei e conhecer o burro Sebastião e a Julieta."

"Todas as grávidas presentes poderão fazer rastreios e ecografias 4D, que são uma autêntica experiência emocional, pois as futuras mães terão a oportunidade de ver detalhes e características do seu bebé, que de outra forma seria impossível. Vão ainda receber aconselhamento nas várias áreas dadas por especialistas de referência, seja no espaço Encontros ou nos restantes espaços disponíveis com atividades."

"O suporte básico de vida pediátrica é uma das temáticas presentes nesta 9 ª Edição A festa da Família. Toda a informação que será passada terá uma componente prática,com os pais a seres convidados a experienciarem uma série de situações, por forma a saberem como agir de melhor forma num contexto de crise, ou como prevenir determinados acontecimentos e acidentes."

Nunca tinham visto esta fotografia, pois não?


Irene e Isabel, com dois meses. Reparem no pormenor do dedinho da Irene, como que a confortar a Isabel.

Não está um amor?

Nisto estamos TODAS de acordo!

Não estamos?

Sabem aqueles carrosséis que estão nos centros comerciais e supermercados e que precisam de uma moeda de 1€?

Eu acho que são armadilhas. Armadilhas para os pais gastarem dinheiro. Armadilhas para terem que dizer que não às crianças, para haver birras, para criar situações chatas. A alma dos senhores que os colocam nestes sítios estratégicos não é para fazer as crianças mais felizes, certamente. Nem os pais. Malandros. Ainda por cima todos apelativos com bonequinhos e não sei quê. Seria o mesmo que porem uma fartura de meio metro em frente a um tipo como o meu marido.

Por mim ou iam todos à vida ou então arranjávamos maneira de ficarem todos no mesmo sítio do centro comercial. 

Não me vão dizer que há quem goste destas coisinhas espalhadas pelos sítios onde queremos andar a fazer outras coisas. Ou vão? ;)

7.02.2015

Todos temos de saber disto!

O verão está aí e todos os cuidados com os nossos filhotes são poucos. Já estão provavelmente fartinhas de saber que o afogamento é uma das principais causas de morte na infância, especialmente entre o primeiro e o segundo anos, e o afogamento pode acontecer com quantidades ridículas (de tão pequenas) de água. Mas o que se calhar não sabem é que pode acontecer afogamento já fora de água.

Não quero fazer um post alarmista. Não quero espalhar o pânico. Não quero que fiquem obcecadas, durmam mal, tenham pesadelos com isto. Não quero que fiquem paranóicas e vejam os momentos na piscina e no mar com os vossos filhos como um momento de tensão. Muito menos que deixem de o fazer, com medo. 

Apenas quero que saibam que isto existe. Eu não sabia. Quero essencialmente que estejam atentas a alguns sintomas que podem surgir depois dos vossos filhos estarem aflitos na água, se engasgarem ou quase se afogarem, para que possam agir.

Foi numa série - The Affair - que tomei conhecimento que existe uma coisa chamada "secondary drowning". Não sei sequer se em português se diz "afogamento secundário", porque não encontrei nenhum artigo científico, de confiança, em português.

Num dos episódios (desculpem estar a ser Spoiler, se estão a ver a série e estão antes do 9º episódio, leiam este post depois), percebemos que o filho de quatro anos da protagonista morreu de "secondary drowning". Fui pesquisar e é raro (1% ou 2% dos afogamentos), mas pode acontecer.

A criança da série, Gabriel, morreu em casa, depois de ter ficado com água alojada nos pulmões. A mãe viu-o muito, muito fatigado, mas não estranhou esse sintoma. Os guionistas ter-se-ão muito provavelmente inspirado num caso mediático nos Estados Unidos, em que um miúdo de 10 anos, morreu, em 2008, já em casa, durante o sono, depois de ter estado 45 minutos na piscina.

Os sintomas do secundary drowning são:

- Tosse
- Dores no peito
- Dificuldade em respirar
- Sentir-se extremamente cansado

Outros sintomas também podem ser mudanças bruscas no comportamento, como irritabilidade ou mudanças drásticas de energia, o que pode significar que o cérebro pode não estar a receber oxigénio suficiente.

São sintomas um bocado difíceis de detectar, porque todas sabemos que depois da praia ou da piscina, os nossos filhos ficam de rastos. Mas se os virmos, por algum momento, muito aflitos na água, devemos ter mais atenção às horas que se seguem (normalmente entre uma hora depois e 24 horas). Se acharem que algo de errado se passa com os vossos filhos depois de um susto grande na água, se eles apresentarem estes sintomas, aconselham os especialistas que se vá às urgências. Pelo menos uma chamada para o Saúde 24, digo eu.

Prevenir sustos na água é o primeiro passo: isolar as piscinas com tela ou cerca, usar bóias apropriadas, supervisão de todas as crianças (mesmo as que sabem nadar), nunca as deixar sozinhas numa banheira (as mais pequenas), piscina ou mar, ensino da natação.


Acredito que tenham ficado com um nó na garganta, como eu fiquei, mas tentem, por favor, ver isto como uma tomada de consciência para um tipo de afogamento muito, muito raro, e também ele muito desconhecido. Ter tido esta informação não vai mudar nada no meu comportamento na praia ou na piscina com a minha filha, vamos dar muitas gargalhadas e aproveitar todos os momentos, mas pelo menos vou questionar-me, caso a note muito diferente.

7.01.2015

a Mãe dá (#21) VENCEDOR - Umas alpercatas bonitas para esses PAEZ

E tinhamos dois pares de PAEZ para dar. Esta Mãe é bestial! Um para a mãe (ou para o pai, ou para a mãe que calça o número do pai - caso da outra Joana) e outro para uma criança.






E a vencedora foi a Filipa Pedro! 

Que... por acaso a frase podia ter sido mais bajuladora!! Ainda bem que o random.org não olha à falta de miminho ;)



Parabéns, Filipa! Nós também gostamos de ti 99,9% das vezes ;)

Envia-nos um e-mail e diz-nos onde moras para te dizermos a que lojas podes ir escolher e levantar os PAEZ, ok? 


Afinal Havia Outra (#26) - Às vezes os milagres acontecem aos pares

O meu grande sonho sempre foi ser mãe. Imaginei tantas vezes como seria sentir um bebé a crescer na barriga, estar 9 meses a receber miminhos do marido, família, amigos; cantar, falar e mimar o meu bebé dentro da barriga, ter muitos desejos de doces e não ligar nenhuma à balança, sorrir todos os dias apenas porque ter um bebé nos faz ser melhores, nos faz ser a pessoa mais feliz do mundo, nos faz sonhar, nos faz tanto mas tanto bem. Imaginei muitas vezes a minha gravidez, o meu parto, o meu pós parto, o meu bebé, até o meu possível baby blues… mas nada foi como imaginei. A minha viagem ao mundo da maternidade foi difícil, atribulada, uma autêntica montanha russa de sentimentos e emoções.


Este meu sonho de ser mãe juntou-se ao sonho do meu marido de ser pai e assim resolvemos tentar engravidar. Estava de tal maneira ansiosa que fiz o teste dois ou três dias depois da ausência da menstruação. Quando vi o “grávida” o meu coração parecia que ia rebentar com tanta alegria, o meu marido agarrou-me ao colo e ficámos os dois a aproveitar o momento e a sonhar com o nosso bebé… mas mal sabíamos nós que não era um bebé mas sim dois que estavam a caminho. Estávamos muito longe de imaginar. Na primeira ecografia apenas se via um saquinho e uma sementinha, mas eu juro que via duas, mas como o meu marido (que até é médico) juntamente com a minha Obstetra não comentaram nada eu fiquei caladinha. Passados uns dias a minha barriga crescia a olhos vistos (mais do que o “normal”) e os vómitos e enjoos eram constantes e não conseguia aguentar nada no estômago. Lá se ia o meu sonho de comer muito na gravidez.

Finalmente tinha chegado o dia da segunda ecografia e afinal eu tinha razão, as mães nunca se enganam… eram mesmo dois bebés! Fiquei duplamente feliz e duplamente ansiosa. Quando contei às pessoas mais próximas ninguém acreditava pois sempre dissera a brincar que iria ter gémeos, ou melhor, trigémeos! A sorte foi que Deus teve pena de mim e só me deu duas de uma vez, nem quero imaginar como seria com três.

O primeiro trimestre foi vivido com muitas náuseas e vómitos, era quase impossível aumentar de peso, tomava os meus milagrosos comprimidos para o enjoo que me davam um sono horrível, tive de deixar o trabalho e ficar em casa, ou melhor dizendo, no sofá, pois foi esta a minha companhia durante muitos dias. Comecei a sentir os bebés muito cedo, com umas 18 semanas sabia que tinha um ou uma que não parava quieto e outro ou outra mais calmo pois não se mexia tanto. Também as contrações chegaram mais cedo, o que obrigou a mais e mais repouso. A barriga estava a aumentar a olhos vistos e pensava muitas vezes como ia ficar com 38 semanas de gravidez. Estava com alguns receios como é normal de mãe de primeira viagem e ainda por cima logo de duas bebés, mas a alegria superava todos os receios. No dia que soube que iam ser duas meninas foi um dia mágico, sempre quis tanto ter meninas. Engraçado que o meu marido desde o início que disse que eram meninas… mal ele sabia que estava tramado com três mulheres em casa.

A gravidez estava a ser super vigiada, consultas e ecografias semanais, estava longe de imaginar o que iria acontecer. Às 25 semanas de gestação o nosso mundo parou com a notícia de que as meninas podiam nascer a qualquer momento. Da notícia até elas nascerem nem passaram 24 horas, não tive tempo para reagir, para pensar no que estava a acontecer. A alegria deu espaço ao medo ao desespero, à dor, à angústia. E de um momento para o outro, as Marias nasceram. Sem grande aviso, sem preparação. O parto foi complicado pois uma já estava a meio caminho e a outra deitada sem querer sair, foi tudo muito rápido mas para mim foi uma eternidade. Adormeci a olhar para a anestesista e como aquele olhar me tranquilizou e me deu esperança. Não sei explicar mas acreditei sempre. Mas mesmo antes de adormecer falei-lhes em pensamento para terem força e que as amava muito. E quando acordei já tinha um sorriso nervoso do meu marido e umas fotografias das nossas “meio quilo de gente” mais lindas do mundo. Só as pude conhecer no dia seguinte. Tão pequeninas em tamanho e tão grandes no coração, que força de viver… e de repente já estavam elas a ensinar-nos a força e o poder do amor, quando éramos nós que pensávamos que lhes íamos ensinar tudo isso. 



Conheci as minhas filhas tão cedo… ainda não sabiam respirar, tinham os olhos fechados, orelhas mal definidas, pele vermelha (nem sei se podemos chamar pele), tinham uma mini fralda, estavam rodeadas de tubos e eram picadas e aspiradas de hora a hora. Vi o primeiro olhar e o primeiro sorriso, mas o choro só o ouvi ao fim de 26 dias, quando tiraram o ventilador.

Um xixi, um cocó, tudo era uma vitória, e coisas tão banais para a maioria dos bebés, para mim era como ganhar o euromilhões. Era tudo muito lento mas tudo mágico, e apesar de todos os tubos e de estarem a viver numa caixinha mágica (como lhe chamava), estavam rodeadas de tanto mas tanto amor!! O amor cura tudo e curou as nossas princesas!

Olho para trás com alguma tristeza por não ter chegado a viver um terceiro trimestre de gravidez, não ter tido um chá de bebé, mala de maternidade, enxoval, aulas de preparação para o parto, visitas ou mensagens de parabéns no dia em que nasceram, flores ou prendas, sorrisos, até dores pós parto (pois estava ocupada com outras dores maiores). Não tive aquela sensação mágica de tanta felicidade que a maioria das mães refere quando nascem os filhos, mas sim um medo enorme de as perder. Apesar desse medo, sempre acreditei nelas mesmo quando os médicos diziam o contrário. Não pude abraçar as minhas filhas (só ao fim de 26 dias), não era mãe a tempo inteiro, apenas umas horas (e isto doía tanto), tocava nelas apenas quando permitiam, cantava para elas sempre que podia, tirava leite pela bomba numa sala com outras mães à qual chamava sala de partilha da dor, pois ali éramos um pouco mães de todos. Tive duas mastites mas mesmo assim continuei a tirar leite (para o bem delas fazia qualquer coisa). E no fim do dia, regressava a casa, com uma dor horrorosa, uma sensação de vazio, de medo, de angústia, de não querer estar longe delas. Mas ao mesmo tempo sabia que tinha de descansar para estar bem perto delas. Chegava a casa tão triste, tão vazia, uma solidão. Olhava para os berços e não as via, olhava para a barriga e não as sentia, e recordava tudo o que aconteceu novamente, e rezava para conseguir dormir. Tinha a sensação de que estava a viver um sonho ou pesadelo (nem sei bem) e que nunca mais acordava. Tinha pânico que o telefone tocasse, não conseguia ligar para o serviço, não queria chorar perto delas mas também não queria deixá-las quando elas não estavam bem. Mas às vezes bastava olhar para elas para saber se estavam bem ou não. Tantas vezes me senti a desmaiar, sem força, com vontade de desaparecer. Mas o amor salvou-nos aos 4, sempre esteve presente, sempre deu esperança, força, coragem.

As Marias deram-me as maiores lições de vida. Ensinaram-me a amar, acreditar, a sonhar, a ter esperança, a ter fé e a ser uma pessoa melhor.  Lutámos juntos com muito amor, durante 109 dias, e apesar de terem sido dias de uma autêntica montanha russa de emoções, acreditámos sempre!!! 
 

Desde 27 de Junho de 2014 que estamos em casa todos juntos com muitos cuidados extra pois a prematuridade nos primeiros meses após alta requer mais vigilância, mais cuidados com possíveis infeções, menos idas a rua (no inverno quase nenhumas), mínimo de visitas. Mas apesar disso e agora que está a fazer um ano de alta delas, valeu tudo a pena. Este ano que passou foi sem dúvida uma grande aventura. Cuidar de gémeas, pais de primeira viagem e com muito poucas ajudas, pois os nossos familiares estão longe, não tem sido uma tarefa fácil mas prometemos escrever um dia sobre as aventuras e desventuras de pais de duas gémeas. Aliás, vou antes deixar para o pai escrever que ele tem muito mais jeito que eu.


Débora Barroso

Envie-nos a sua história para amaeequesabeblog@gmail.com para nos poupar um bocado os teclados do computador, se faz favor. E porque queremos dar a conhecer histórias diferentes.

E como fazer com as sestas deles nas férias?

Pedi à Verina Fernandes, da Sono de Sonho para que escrevesse umas dicas para ajudar as recém mamãs a lidarem com as férias e com as sestas (tão importantes) dos filhos. Pode ser complicado, mas não é impossível e, agora, com as dicas da Verina, ainda menos! Querem partilhar experiências? 


As sestas 

Se a criança dorme com facilidade no carrinho, planeiem umas belas caminhadas por locais sossegados nas horas da sesta. Aproveitem para explorar a zona, ao mesmo tempo que executa um bom exercício cardio! O máximo que pode acontecer é sentirem-se cansados quando o vosso filho acordar (com a energia toda, claro!). Essa é a altura ideal para o deixarem correr no parque, espraiar-se aos saltos e cambalhotas, enquanto os pais lêem um livro só com um olho (que o outro está sempre alerta para os mais pequenos!). 

Se acham que as férias são para o dolce far niente e a perspectiva de fazer exercício provocam-vos uma tontura e um ataque de urticária fulminante, aproveitem a hora da sesta para apreciar a paisagem da zona, no conforto do automóvel com ar condicionado (se alugaram um Porsche em Vilamoura, têm mesmo que se fazerem ver dentro dele. Toca a pavonear-se nessa máquina!) 

Há ainda outra opção a considerar quando chega a hora da sesta: atribuir turnos. Se os pais reclamam algum tempo livre da miudagem, seja para fazer aquela massagem Vichy ou para comprar recuerdos em paz e sossego, então estabeleçam turnos: num dia vigio eu, no outro vigias tu a sesta da pequenada. 

E se quisermos “saltar” uma sesta porque o hotel organizou uma actividade espectacular na piscina, para toda a família, e acontece justamente na hora de dormir? 

Podem “saltar” a dita sesta, claro. Os pais é que sabem! Mas atenção, é bom que tomem as vossas decisões em consciência. Obliterar uma sesta pode significar ter crianças birrentas, que não vão usufruir (nem deixar usufruir) da tal actividade megabombástica na piscina e que podem manter o mau humor até ao fim do dia (imaginem só as fotos!). Melhor que ninguém, vocês conhecem as vossas crianças. Sabem perfeitamente se podem ou não cometer estas pequenas infracções nas rotinas de sono. Nem todas as crianças reagem mal a estes “delitos”. Claro está que “saltar” uma sesta implica obrigatoriamente deitar mais cedo! 

À noite 

Há crianças que dormem num quarto diferente sem qualquer tipo de drama. Já outras precisam de ser convencidas a dormir sem desconfianças, sem que acordem de hora em hora, só para verificar que o os pais ainda existem e que o mundo gira. Nestes casos, o que há a fazer é mesmo levar a casa às costas, ou seja, não esquecer alguns objectos-chave que a criança identifica (bonecos, mantas, candeeiros de mesa, luz de presença, livros, tapetes, cestos…), para tornar o ambiente novo mais familiar. Tentem reproduzir ao máximo o ambiente de sono e as rotinas de adormecimento que têm em casa e já meio caminho está feito para tudo correr bem. 

Podem, inclusivamente, a uma semana da partida, colocar a criança a dormir na cama de viagem que vão utilizar. 

As primeiras duas a três noites no quarto novo podem ser mais desassossegadas e a criança pode acordar ou até ter terrores nocturnos/pesadelos. Os pais devem estar preparados para este cenário e devem proporcionar todo o carinho e conforto, para que a criança se acalme facilmente. Ninguém quer dramas, muito menos nas férias! 

Os horários 

Quanto mais os pais “brincarem” com as rotinas dos miúdos, maior a probabilidade de as noites correrem mal, de as sestas virem recheadas com birras e dramas e de toda uma tempestade se instalar em toda a família. Meia hora é o máximo que podem esticar aos horários já estabelecidos. 
Se viajarem para destinos com grandes diferenças horárias, façam a adaptação gradual uns dias antes da viagem, antecipando ou atrasando os horários meia hora por dia (no máximo). 

Detalhes gigantes 

Escolham quartos de hotel espaçosos, para que as crianças possam ter um espaço para brincar, caso tenham o azar de fazer chuva (cruzes, canhoto! Não quero agoirar!). 

Todas as medidas de contenção de insectos são bem-vindas: levem os difusores de ultrassons (evitem os químicos); redes mosquiteiras para berços e camas de viagem; e Fenistil para as picadas nos passeios. 

Caso os quartos não tenham insonorização ou os vizinhos de férias sejam tão desgovernados quanto uma banda de rock num hotel, levem um rádio de pilhas (daqueles que se usavam para ouvir o relato na praia): deixem-no dessintonizado e assim conseguem o melhor ruído branco para neutralizar os barulhos que podem não deixar as crianças dormir à noite. Já sei que têm a app no telemóvel mas com o rádio não estão a expor os mais pequenos a radiações electromagnéticas. 

Certifiquem-se de que os quartos conseguem ficar bem escuros, mesmo durante o dia, caso durma a sesta nele. Acreditem que nem todos os hotéis acautelam estas situações, infelizmente. 


Não se deixem intimidar por todas estas condicionantes. Façam o contrário: abracem-nas e aceitem-nas, para que consigam tomar os melhores sabores de umas férias verdadeiramente descontraídas em família. Aproveitem e não se incomodem em enviar fotos a incitar inveja! 

Qual o mal de sermos as melhores amigas dos filhos?

Já ouvi muitas vezes mães dizerem que não querem ser as melhores amigas das filhas. E sempre me perguntei que mal teria isso. É aquela velha história da autoridade, de estar acima, de não dar muita confiança, senão eles são uns abusadores e uns ditadores?

Tenho orgulho em poder dizer que a minha mãe é a minha melhor amiga. Que sempre confiei nela, que sempre me senti à vontade para falar com ela sobre tudo, que foi a primeira pessoa a quem me dirigi quando precisava de ajuda, de desabafar, de chorar lágrimas de amores da juventude (recordo-me da célebre frase "não é por morrer uma andorinha que acaba a Primavera"). Com ela já tive ataques de riso de nos mandarmos para o chão, sem força nas pernas, até às lágrimas. Já ficámos longos minutos à conversa na casa de banho e até já comparámos as peles ao espelho, eu com borbulhas, ela com rugas. Já lhe dei muito colo, já lhe dei conselhos também,  já  tivemos milhares de  trocas de olhares cúmplices. Já discutimos. Sempre nos respeitámos como indivíduos e não me lembro dela me ter dito "quem é que pensas que sou? Não sou a tua amiga, sou a tua MÃE!". 

Não percebo porque se tem de separar uma coisa da outra. Se se for estabelecendo uma relação cúmplice, de confiança, de amor, não tem de haver essa cisão. Podemos levar os nossos filhos a serem os nossos melhores amigos, respeitando-nos, sem ter de haver essa muralha intransponível.

Eu quero que a minha filha veja em mim a melhor amiga. Amiga das brincadeiras, dos abraços, das risadas, e também a amiga que chama a atenção, que pede, que exige, que a leva a ser cooperante, generosa, sem ter de gritar aos sete ventos que "Quem manda aqui sou eu!".

E depois, as minhas relações de amizade não são só sorrisinhos. Não nos estamos sempre a elogiar. Não somos só amigos das farras, da parte boa da vida. Também damos conselhos, também damos na cabeça, também pedimos ajuda. 

Por tudo isto, essa velha máxima não entra lá em casa.