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7.22.2019

À minha melhor a amiga e todas as outras e outros.

Será depressão ou felicidade? Ou, se calhar, nenhuma das duas. Estou tão habituada a mexer-me em pólos, extremos que, para mim, é sempre um caso de vida ou de morte. 

Ando a chorar desalmadamente, super sensível e grata por tudo. Pensando melhor depressão não é porque quando sinto que estava deprimida estava adormecida. Não sentia nada além da dor. Era como um daqueles robots que aspiram a casa. Seguir em frente à procura de cáca, bater nas coisas e dormir ao final do dia. 

Agora não. Continuo a bater nas coisas às vezes por distracção, outras vezes porque tem graça, mas não ando à procura de caca - sou muito gozada pelos meus amigos por causa destas imagens tontas, mas são mesmo a melhor maneira de me explicar. Não incluem sempre aspiradores, porém. 

Faz sentido chamarmos a uma amiga de "melhor amiga"? Sendo que não há uma competição e, apesar do amor assumir formas diferentes de dinâmica para dinâmica, premiar alguém com um título? Ou é apenas o sublinhar merecido de algo mais especial que tudo o resto, pela história, pela intensidade, pelo respeito? 

Tenho uma melhor amiga. Na verdade, vou tendo algumas melhores amigas, mas esta é a melhor melhor amiga. Aquela que tem durado desde sempre e com quem tenho uma história gigante em conjunto. Não quer dizer que as minhas outras amigas não sejam das melhores e que esta seja melhor, simplesmente o nosso amor já teve tempo para evoluir e para maturar e temos muitas certezas sobre cada uma e sobre as duas. 

A minha melhor amiga joga no Euromilhões. E, à semelhança do cliché, os números que põe no boletim são os aniversários das pessoas que lhe são mais próximas, talvez da família. Intimamente perguntei-lhe quais os aniversários na esperança (parva e infantil) que um deles fosse o meu. Ao mesmo tempo saberia que não era. Amamo-nos muito, mas chegar a este ponto é... todo um nível que não sei se alguma amizade alcança (bem sei que "só" estou a falar do Euromilhões, mas nada é "só").

E era. 

Um dos números era o 17. 

O meu aniversário. 

"Joana, eu gosto mesmo de ti". 

Claro que não preciso que seja um bilhete do Euromilhões a dizer-me, mas estava ali, no papel. Como se ela me tivesse escrito uma música ou pintando um quadro. Nem o meu pessimismo pode destruir isto. De maneira nenhuma. 

Que sorte tenho. Alguma coisa devo ter feito para merecer pessoas que me adorem assim. Reparem no plural. Tenho-me apercebido cada vez mais de que sou amada.

Foto do meu aniversário há dois anos ou terá sido o ano passado? 


Há outra amiga que também surgiu agora e que sinto que me adora incondicionalmente. Digo incondicionalmente porque pensamos de forma igual em milhares de coisas mas de forma muito diferente noutras. Nunca conheci pessoa alguma em que a minha matriz fosse tão simétrica. Vem-me a música do Toy à cabeça "duas vidas separadas pelo tempo" e sei que nunca a irei largar. Somos muito mais além de parcerias de comédia, somos uma espécie de gémeas, daí a merda da música, talvez. 

No sábado fui jantar a casa de um outro melhor amigo meu. Era meu colega de turma desde o 6º ano, imaginem. Preparam-me o jantar, perguntaram o que queria beber e, acima de tudo, disseram-me para me deixar de merdas e não levar nada. Adoro quando as pessoas borrifam nestas cerimónias. Adoro sentir que tenho intimidade ao ponto de não levar nada ser sinónimo que faço parte da casa. Sem merdas. Escolhi não levar. Porque posso. 

E quando, depois de meses de turbulência numa relação - daquelas em que ponderamos mesmo se ouvimos quando a hospedeira nos disse para pôr a máscara - somos recebidos como se ainda houvesse mais amor? Como se não importassem as nossas asneiras, passeios, erros, confusões porque, onde quer que nos percamos para nos encontrar, temos a nossa casa para voltar? Que sorte. 

"Chateia-me na semana do Sudoeste", disse-me uma das minhas outras amigas. Porque nos conhecemos e porque sabemos que, das duas, vou ser eu quem não se vai esquecer e que, para que o almoço aconteça, sabemos que o melhor é que fique eu responsável para aconteça. 

"Joana, estamos a morrer de saudades tuas, falamos imenso de ti" dizem as minhas ex-colegas que se tornaram minhas companheiras. Ainda que durante um processo de luto e de transformação e de aceitação da minha identidade, tenho a certeza que não há família laboral com mais carinho que aquela que cresce ali, naquele lugar. 

Mais amigos, que me aceitam como sou. Que me fazem sentir com o triplo do valor que sinto que tenho. Que me conheceram ainda se iam fumar ganzas para descampados em Oeiras e falar a noite toda. 

Outros com quem não falo durante um ano mas que não hesitam em aceitar o meu convite para o meu jantar de aniversário. Outros que dizem estar preocupados comigo e que me acenam à janela quando vão passear o cão e que desde sempre - ainda que com interregnos de presença - estão e para sempre estarão na minha vida.

E a uma ex-cunhada, da minha família adoptiva durante aqueles anos. A alma pequenina que desde sempre admirei e que nunca nos largámos. Continuamos a ser manas, melhores amigas, almas que se entendem e que se expandem. Vê-la crescer e a rebentar tudo faz-me feliz. Não é bombista, como poderão ter percebido.

A outras amigas que o tempo nos afasta, mas que nos irá aproximar quando for certo. Que nunca esquecemos o que nos ligou e a compatibilidade, mas que por alguma razão a nossa dança não é agora como já foi, mas que talvez volte a ser. Pessoas que alcançaram as entranhas e que nos preencheram tão bem que nos ajudaram a encher pneus para seguir viagem. Continuamos a adorá-las e talvez volte a música. 

À minha companheira de blog que à custa de guardar muito para si e de ter muito amor pelos outros, ao longo de todos estes anos foi aceitando e tentando encaixar na minha disciplina e estrutura e por meio de muitos suspiros vai sabendo apreciar o que tenho de bom e que ainda ontem me perguntou se a compreendia. Compreendo, Joana. Cada vez melhor. Temos uma relação longa, intensa, de carinho e de dança. E que espero e tenho feito para que se vá tornando cada vez mais fácil e divertida. Obrigada. Obrigada por me dares esse espaço e obrigada por veres ou quereres acreditar no que há de melhor em mim. 

Tenho muita muita sorte na família que me escolheu.

Quero fazer-vos rir para sempre. 


12.10.2018

Amanhã é o dia! Acho que estou mais entusiasmada que ela!

Tenho imensa sorte de ter a Irene numa escola onde as mães - so far - têm sido muito porreiras. Adoro a mãe de uma das melhores amigas dela. Acho-a impecável, fabulosa e com óptimo sentido de humor (ela nem lê o blog, por isso nem estou a dar-lhe graxa) e a mãe da outra melhor amiga da Irene também (essa acho que já lê, por isso não quero que fique esquisito, haha, fico com vergonha). 

Já há algum tempo, a Irene foi convidada para ir a casa de uma das amigas. Foi no Verão e estiveram a brincar na piscina e até fizeram sesta juntas (fiquei louca, só me apeteceu que a mãe da amiga fizesse babysitting...). Eu nunca cheguei a convidar de volta porque, como não tenho piscina, achei que nunca seria tão divertido. Até que... a Irene começa a pedir, a pedir e a pedir. 

A Isabel da Joana Paixão Brás na esquerda e a minha Irene à direita. Ambas com um mês de vida :) 


Tem pedido muito que o A. durma com ela no quarto e o pai dele no sofá da sala (what the hell hahah), mas também quer muito ir à casa das amigas e que elas venham cá. Agora que já tenho mais cabeça para pensar nisto, porque não? Só porque é durante a semana? Siga!

Amanhã é dia da Irene ter, pela primeira vez, uma amiga da escola cá em casa e aposto que vai ser excelente. Se calhar até para mim que vou poder ler o meu livro em paz, ahah. 

Costumam fazer isto? 

E esta semana ainda deve haver encontro com a sua amiga preferida fora da escola: a Isabel da Joana Paixão Brás ;) Certo, Joana? 

3.28.2018

Estamos bem como casal, tenham calma!

Duas comentadoras vieram perguntar se eu e a Joana Gama estávamos desavindas, que o clima já não estava o mesmo e não sei quê. Não podiam estar mais enganadas. Somos amigas, muito amigas e gostamos muito uma da outra. Até já estivemos em casa uma da outra mas não tirámos uma única foto nem fizemos instastories tal era a nossa vontade de aproveitar mesmo o momento, conversar, conversar, conversar. Não se podem fiar apenas no que vêem por aqui para tirar conclusões sobre as nossas vidas, o nosso estado de espírito ou a nossa amizade. Neste momento, temos muito trabalho, eu tenho duas filhas, ela tem uma casa e uma filha a seu cargo na maior parte do tempo, temos outros projectos parelelos, amigos e uma família: é normal que façamos uma melhor gestão do nosso tempo. Não que durmamos à sombra da bananeira, mas se já nos entregámos a 250% ao blogue, postando 3 posts por dia, é normal que agora queiramos respirar mais fundo e deixar que o nosso filho vá dando os seus passinhos sem que o tenhamos de levar sempre ao colo, limpar o cocó e pôr a arrotar. Apesar de continuarmos a olhar para este cantinho como o nosso bebé, que muita gente boa trouxe às nossas vidas, pessoas que ainda hoje se cruzam connosco e nos dizem que adoram seguir-nos, vamos gerindo cansaço (cheguei a estar de férias a escrever imensos posts, credo!) e tentando tirar melhor partido dele. Reduzimos o número de publicações e estamos bem com isso. Quem gosta, gosta. Quem já não se identifica, lamento, mas a vida segue. Escrevemos sobre o que nos apetece sem ter de estar a picar o ponto: e isso trouxe-me também mais vontade de escrever, livremente, sem ter horários para cumprir. Agora é que isto me está a dar especial gozo, até porque já não sofro com as haters e já consigo gerir os "contras" de termos um blogue que chega a muita gente - no outro dia achava que estava a falar com pessoas que não me conheciam e afinal até pormenores do meu segundo parto sabiam. Continua a ser estranho (mas continua a ser bom). É bom sentir que fazemos a diferença na vida de alguém (esta semana uma pessoa respondia-me no instagram que graças a mim [a ela] tinha começado a fazer desporto e a alimentar-se melhor e já lá iam 8 kgs). E tantas outras que, de alguma forma, se sentiram compreendidas e apoiadas por um qualquer desabafo que fazemos: é impagável o carinho que recebemos em troca.
Por isso, se também vocês sentem que estamos mais apagaditas, imaginem que estamos a tentar gerir a árdua tarefa da maternidade, com trabalho, com roupa por lavar até ao tecto e com outros interesses (e filmes e amigos e...) para pôr em dia. E cansaço, muito, muito!
Obrigada a quem se mantém fiel e também a quem pacientemente aguarda que eu e a Joana voltemos como um casal apaixonado aqui à barraca.
Fiquem lá com um lamiré da nossa paixão ardente:


A Luísa também é fã desta maluca:



Nota: o Facebook decidiu mudar o seu algoritmo e a partir de agora vai mostrar-vos mais posts dos vossos amigos e menos de páginas onde fizeram like. Querem saber quando publicamos coisas?
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11.30.2017

Desculpem-me, amigos e amigas.

Com isto dos anos em cima e com a nossa história a ficar desejavelmente mais arrumada e ainda depois de termos sido mães, há coisas que fluem de outra maneira. 

Nunca admiti, sem ficar incrivelmente triste, que um amigo se esquecesse do meu dia de aniversário, ou que não fosse a uma festa minha ou que soubesse que os meus dias andassem a ser mais complicados e não me dissesse nada. 

Agora, aos 31, mãe de uma miúda, é diferente. 

Desculpem-me amigos e amigas. 
Muitos de vocês que ainda não são pais e mães e que julgam que me afastei.

Desculpem-me amigos e amigas.
Muitos de vocês que, na volta, já nem se lembram de me convidar para coisas.

Desculpem-me amigas. 
Vocês que sei que me adoram, mas que já não consigo ter tempos mortos para conversa.

Desculpem-me amigas. 
Vocês que querem jantar comigo, almoçar comigo, ir algures comigo e eu não pareço interessada.

Desculpem-me amigos. Amigos de longa data. 
Vocês que não entendem como funciono, como é a minha vida agora e que o tempo me aflige e o que me sobra é para nada. 

Desculpem-me, queridas amigas. 
Amigas que já partilhei tanto nos últimos anos em tantas conversas no telefone e em alguns encontros e agora parece que não quero saber.
Não é verdade. 
Eu quero saber, mas "ando a mil". 

Penso em vocês todos os dias e é um alfinete que me pica o coração, mas não consigo.
Não consigo sair do carrossel em que estou neste momento e parar um pouco para respirar convosco. 

Quando consigo respirar, não quero falar com ninguém, quero estar no sofá e adormecer no momento mais feliz do dia. 

Eu amo-vos. E, como vos disse, todos os dias me lembro de vocês, mas há sempre aquela sopa que precisa de ser feita, o detergente da máquina que acabou, aquele e-mail que falta enviar, aquela constipação, aquele fim-de-semana em que se tem de ir picar o ponto aos avós, aquele... 

Desculpem. Sei que parece ridículo.

Sei que corro o risco de, um dia, quando sair do carrossel, não ter nenhum de vocês à minha espera. 

Mas, também sei, que, com o tempo, começamos todos a encaixar melhor o tempo de distância e não o ver como uma separação, mas como um intervalo. 

O silêncio de uma batida do coração, apenas. 

Desculpem-me amigos e amigas, mas amo-vos. 

Ana, Eugénia, Inês, Elsa, Susana, Joana, Renata, Filipe, Pedro, Diogo, Rita, Bibi, Bruna, Vera, Cláudia, Zé Pedro... 

Também tenho saudades vossas. A sério. Acreditem em mim. 





O meu instagram e o d'a Mãe é que sabe :)
a Mãe é que sabe Instagram



7.29.2017

Casar a melhor amiga é...

A melhor amiga vai casar. Uma das. Hoje. As minhas miúdas vão ser meninas das alianças e eu vou chorar tanto, mas tanto, quando entrarem todos na igreja que não vai dar para aguentar a maquilhagem. Ver a Raquel casar é tão emocionante, para mim, quanto o dia em que ela foi conhecer a Isabel lá a casa. É como que o ritual de entrada na idade adulta. É a nossa passagem. O momento simbólico em que nos apercebemos de que já não somos as miúdas dos Onda Choc, a caminho de um concerto em Mirandela, lado a lado no autocarro, a contarmos todos os segredos que tínhamos para contar uma à outra. Sei que vai estar linda (fui a uma prova do vestido e está ma-ra-vi-lho-so), sei que vai estar feliz, radiante e radiosa, e eu - lamechas assumida - vou chorar. Choro em todos os casamentos, como não chorar neste? 

Casar a melhor amiga é:

- vermos festas, lágrimas, desabafos, mensagens, karaokes, gargalhadas de anos e anos passarem-nos diante dos olhos, como flashadas
- recordarmo-nos de quando dormíamos em casa uma da outra, desabafávamos os amores não correspondidos, riamo-nos de paixões assolapadas ou de beijos que não tinham sido como o esperado ou de quando íamos alugar filmes ao videoclube, ao cinema e às piscinas
- lembrarmo-nos dos colares de missangas que davam voltas intermináveis ao pescoço e brincos de fimo amarelos fluorescentes enormes que se usavam (usavam?) com BW altíssimas, e calças com uma boca de sino tão grande que lhes chamávamos pata de elefante
- vermos aquela foto tipo passe tirada num fotógrafo manhoso que nos fez soltar pinguinhas de chichi de tanto rir (talvez tenha sido só eu a incontinente, vá)
- pensar nas viagens que se fizeram para estarmos uma com a outra, ao longo de anos, e mais valorizadas ainda depois de sermos adultas
- lembrar as mensagens/whatsapp/messenger trocadas, sobre tudo e sobre nada, porque é também do nada, das coisas corriqueiras do dia-a-dia, que as amizades se reforçam
- vermos um sonho de alguém, que adoramos profundamente, realizado e desejarmos que seja infinitamente feliz.

Hoje vou chorar. De FELICIDADE.





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8.08.2016

Aos amigos sem filhos.

Obrigada.


Obrigada aos amigos sem filhos que nos acolhem. Que nos continuam a escolher para estarmos nas vossas vidas. Nós não somos os mesmos, nunca mais seremos. Seremos sempre dois, três, quatro corações: um dentro, os outros fora. Seremos sempre dois pratos de uma balança que alterna, qual baloiço do jardim, entre harmonia e rebaldaria (ou loucura). Tudo muda em segundos. E volta a mudar. Seremos sempre muitas vozes, várias vontades e, às vezes, poucos ouvidos.

Por vezes estamos mas a nossa cabeça não está. Podem ver pelas olheiras e pelas madeixas por fazer que não estamos a conseguir levar na mala de viagem todos os itens da lista. Uns ficam a faltar, ficam para depois. Paciência. Às vezes também vocês ficam para depois. A chamada fica por atender para não acordarmos a bebé que dorme no nosso colo. A sms fica por responder porque a mais velha pede atenção e depois é a hora do banho e a hora do jantar e depois lavar os dentes e história e cama. E às vezes adormecemos ou temos ainda a casa para arrumar. E depois esquecemo-nos. E dormimos mal e tornamo-nos a esquecer na manhã seguinte. Mas vocês sabem. Vocês sabem que não é por não querermos. Demora a conseguir pôr tudo em ordem, na vida e na cabeça.

Não somos os mesmos: somos os mesmos mas mais um bocadinho. Mais um bocadinho de emoção, mais um bocadinho de lágrimas, mais um bocadinho de desorganização, ou então mais um bocadinho de organização, onde nem sempre o acaso e o imprevisto podem entrar. Já não podemos andar ao sabor do vento nem fazer o que nos dá na telha. São poucas as vezes em que conseguimos, mas valem por dez, vivemo-las intensamente e aí vão poder ver que somos os mesmos, mesmo não sendo.
Obrigada por nos continuarem a mimar, a visitar, a mandar sms. Obrigada por nos receberem em vossa casa, mesmo correndo o risco de levarem com um Miró nas vossas paredes. Ou de quase vos rebentarem os tímpanos com as birras dos nossos pestinhas.
Obrigada, amigos.
(Obrigada, Sandra, por estes dias no Porto <3)

8.05.2016

Não podem deixá-la ganhar!

Não, não façam isso! Não compensa minimamente!

Sei que estão muito casadas, acreditem que sei. Olhem eu ontem à tarde no Parque da Serafina:

Unhas pintadinhas em casa que não sou fina, ahah.


Porém, mesmo assim, pensei: "já não vejo a minha amiga Susana há tanto tempo, mesmo que pareça ser por pouco tempo, mesmo que, estando com a Irene ainda não dê para ter grandes conversas, 'bora lá tentar combinar alguma coisa.".

Conseguiu-se. E assim, do nada, conseguimos todas (a Irene, a Susana e eu) uma hora do nosso dia para apreciar o óptimo tempo e apaixonarmo-nos mais um bocadinho pela miúda. Não deixem que a rotina vos ganhe!

A Susana e eu éramos inseparáveis. Ainda sentimos que somos, mas já nos separamos muito mais. Praticamente morávamos juntas antes do Frederico surgir na minha vida. Íamos ao ginásio juntas, jantávamos juntas, as passagens de ano eram só a duas, íamos as duas para o Tokyo no Cais do Sodré dar espectáculo completamente sóbrias, dormíamos juntas (calma haha ela tem nojo de pés, mesmo que fôssemos um casal daria muito trabalho fazer alguma coisa evitando que os pés se tocassem). Sabíamos tudo uma da outra. Agora já não sabemos, mas continuamos a saber o que a outra vai dizer, antes de falar. 

Passámos por uma fase complicada (ou passei eu), porque senti que durante a gravidez ela tinha desaparecido e senti também que durante o primeiro ano da Irene que deveria ter estado mais presente. Quando, finalmente, consegui ouvir o que ela tinha para me dizer (já depois de ter escrito um post a dizer que há amigos que desaparecem com a maternidade - era sobre ela), percebi os motivos e pareceram-me fazer sentido. Não estive foi preparada para ouvir durante demasiado tempo. 

Só agora reparei que estou a escrever um post que já escrevi antes (este). São realmente os sentimentos que tenho depois de estarmos as três juntas. A maravilha do pós-parto, para mim, tem sido repetir-me imenso. A maravilha do pós parto, para mim, tem sido repetir-me imenso. A maravil...

Ser mãe, além da questão da criança, é encontrarmos a beleza no diferente, no novo. Mesmo nas coisas que gostávamos muito e que achávamos que estavam bem. Essas desaparecem. Ou melhor, transformam-se. 

 Deixa-te de coisas, Susana. Nem se notam os bigodes.

 As sobrancelhas estão impecáveis (as tuas), as minhas podiam ser a capa do filme "E tudo o vento levou!". 

 Acho que esta (e a de cima porque estive a ver melhor e são praticamente as duas iguais, mas não me apetece estar a apagar) espelha bem a nossa dinâmica: a histérica e palhaça e a calma, mas totó (e com uma barriga que mete nojo). 

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6.29.2016

Não se aguenta!



Isto foi na despedida do dia de ontem. Se há coisa que vamos incentivar é esta amizade. 
Lindas, lindas, lindas! E tão nossas. <3





Não desculpei a Joana Gama


Não, não desculpei. Não desculpei porque não havia nada para desculpar. [Estou a falar do post da festa].

Somos bastante diferentes, agimos de formas diferentes e temos algumas prioridades diferentes. Mas uma coisa é certa: somos amigas. Amigas com o coração, daquelas que se riem até doerem as entranhas e que choram uma pela outra. Que se ajudam, que se preocupam, que dão na cabeça, que dizem a verdade. Eu digo a verdade de uma forma mais meiga ou com mais floridos, a Joana é mais despachada, mas nem por isso com falta de inteligência emocional. Já a achei agressiva (não necessariamente com as pessoas, mas com a vida, no geral), mas acho que fez um caminho fantástico de descoberta pessoal (esta frase quase poderia ter sido retirada de um qualquer vídeo do Gustavo Santos), depois que conheceu a Eugénia e que fez hipnose (e eu que era super céptica...). Ficou mais tranquila, menos ansiosa, mais feliz. 

A Joana não veio à minha festa, eu teria ido à dela, fizesse ela festa. Mas teria ido não por gostar mais dela do que ela de mim. Teria ido porque, para mim, faz sentido estar presente no dia dos anos dos meus amigos, porque ligo a datas e porque não seria esforço algum, por gostar de festejar. Não fiquei magoada, nem quando falámos, dias antes, nem no próprio dia, porque a conheço e porque conheço a nossa relação. Sei o quão forte é. E porque sei que a Joana está lá para mim, todos os dias, sempre que eu precisar. E porque sei que se lhe tivesse dito, na nossa conversa, que era muito importante para mim ela estar presente e que ficaria chateada ou triste, ela viria. Combinámos logo que viriam um dia inteiro, nas férias da Joana, e que aproveitaríamos o dia ao máximo.

Assim foi. Houve tempo para colo à recém chegada Luisinha, para danças parvas a quatro, para almoço debaixo do alpendre (obrigada, Frederico, pelo risotto, estava óptimo!), para piscina e para balde de água à sombra, para saltos na cama da Isabel e, ainda, para a Joana me arrumar a cozinha (!!!). Foi um dia bom, mas bom.


 
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E a mim também;) @JoanaPaixaoBras

5.25.2016

Fiz e hei-de fazer de novo.

Não era para ter escrito este post. Ser solidário e escarrapachar isso pode parecer, aos olhos dos outros, um bocadinho show off. E, na verdade, fi-lo porque me apeteceu e achei que seria o certo a fazer. E porque ajudar os outros - por pouco que seja - dá um prazer do caraças. 

Bem, vamos do princípio. Há uns tempos, reuni os amigos e fizemos o babyshower da Luísa (podem ver o post da festa aqui).



Como vou experimentar, nos primeiros tempos (excepto nos dias em que estivermos na Maternidade), as fraldas reutilizáveis (da Mita) e como, graças a Deus, não passamos necessidades, lembrei-me de propor aos meus amigos que, em vez de levarem fraldas, produtos de higiene ou presentes para a Luísa, levassem antes pacotes de vários tamanhos e toalhitas (ou cremes ou papas, o que quisessem) para doar a uma instituição. Foi bonito de se ver, os amigos gostaram da ideia e aderiram! Escolhi a Ajuda de Mãe, em Santarém, e lá fui eu, de coração cheio, entregar as coisinhas.

Por que é que entretanto mudei de ideias e resolvi falar sobre isto? Porque pensei que a ideia era boa e que poderia inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo. Apenas isso. Se gostarem da sugestão, tentem perceber quais as instituições perto de vossa casa que possam estar a precisar mais de ajuda (ou às vezes até um vizinho ou alguém mesmo ao nosso lado...).

Entretanto deixo-vos com mais imagens daquelas horas boas, passadas entre amigos.


O meu mano Frederico

Os 3. Os 4. Os 5, que a Irene também aparece!

Ternurinha

A partener mais gira

Andam aí a insinuar coisas...

Beeeeem... Não estava a contar com tantos fotógrafos e paparazzi ;)

O emplastro, que calha ser o padrinho da Isabel e o meu melhor amigo.

Apanhados super desprevenidos

A testarem os meus abs.

A Luisinha a ser mimada. Obrigada Lolla Kids pelo carinho <3


Patinho do banho original

  Espaço -  Mom and Me 
Decoração - Momentos com Design  
Bolo e doces - Caramelo Encantado

1.20.2016

Já tenho amigos outra vez!


Quando se tem filhos, passa-se por imensas fases. Pelo menos eu passei por estas: isolamento total, isolamento parcial, solidão imensa, estranheza do afastamento de algumas pessoas, pena por não poder fazer os planos de antigamente e sentir-me "diferente", aceitação, aproximação de outras pessoas, adaptação dos planos a um equilíbrio entre ser pai e ter amigos, re-aproximação das pessoas "de sempre", etc. Sinto que, nesta fase, depois de ter voltado ao trabalho (fez-me maravilhas, não tenham medo que não vale a pena) a minha vida está como uma boa receita: uma pitadinha de tudo nas doses mais equilibradas. 

Já consigo voltar a estar com pessoas de quem gosto. Já não me sinto aprisionada por ser mãe, já consigo ter maior flexibilidade (não na prática que tenho a flexibilidade de uma vassoura) e a Irene também. Passeamos, encontramo-nos com amigos, fazemos planos diferentes... agora sim.

Nunca antes tinha sentido este grau de "silêncio" em mim. Sentir-me completa em todas as vertentes. Trabalho em algo que gosto, tenho o meu companheiro (Frederico) sempre comigo, tenho amigas, tenho amigos e tenho o maior presente que a vida pode dar a alguém (que o queira): um filho. A Irene. 

A Susana, minha amiga desde o secundário... Aliás, foi mais do que minha amiga. Estávamos juntas praticamente todos os dias, só as duas, saíamos sempre as duas juntas, só as duas, jantávamos juntas, só as duas, andávamos no ginásio, só as duas, dormíamos juntas lá em casa, só as duas (sem ordinarices, 'tá bem?)... Bom, a Susana desapareceu durante a minha gravidez. Ou melhor, desaparecemos as duas. Deixamos de ser compatíveis... eu arranjar namorado e ela também fez com que a vida das duas mudasse de tal maneira que não nos conseguíamos encontrar. Hormonas e sentimento de culpa à mistura, ainda deu para uns quantos e-mails e whatsapps mais palermas e frios. 

Quando me passou a crise hormonal e o babyblues (e ela passou a estar mais atinadinha também - toma, cabra!), voltámos. Não voltámos a ser "namoradas" porque isso já não era "normal" antes, não iria passar a ser agora, mas somos nós na mesma. As brincadeiras são as mesmas, os olhares cúmplices, as bocas passivo-agressivas (tudo na boa, claro) e, mais do que tudo, a história. Sabemos a história uma da outra. 

Vejo um bocadinho dela em todas as mulheres que conheço. A Joana Paixão Brás tem algumas coisas de Susana, a minha amiga Eugénia tem outras, a Renata não tem NADA de Susana... Ela é como se fosse uma espécie "molde" para mim.

Sinto que passamos de dupla a trio. Quando estivemos juntas na terça-feira, apalhaçamos as três. Teríamos apalhaçado na mesma antes da Irene, mas não se ouviriam os Caricas em som de fundo, nem falaríamos tanto de animais de quinta. 

Adoro esta equipa. Somos diferentes, somos três.

Os vossos amigos já voltaram?








Para assistirem a estes eventos de extrema importância para a humanidade em "directo", sigam-me no meu instagram aqui

10.21.2015

O padrinho da minha filha (shhhhh ele ainda não sabe!)

Ele não sabe ainda. Vai saber por aqui, quero fazer-lhe esta surpresa. Se não vier aqui ler, então retiro-lhe o convite que se lixa. Hahaha

O Renato é meu amigo desde 2000. Amigo de liceu, amigo do teatro, daqueles amigos para a vida, das borgas e dos assuntos sérios. Era um puto quando o conheci. Já tinha aquele sorriso enorme e sentido de humor não lhe faltava. Estava aqui a pensar escrever que crescemos juntos e que o adoro e aquelas lamechices todas, mas não é nada o estilo dele. Vou comedir-me. Mas o que é certo é que, desde que a Isabelinha nasceu, é das pessoas mais próximas, mais preocupadas, mais atenciosas. É daqueles amigos que não me fugiu, que se mete num carro para nos vir visitar e que continua a dizer "que coisa málinda que vocês para aqui fizeram", referindo-se obviamente à nossa (minha e do David) maravilhosa capacidade de procriação. Não foi por acaso que foi das primeiras pessoas a saber da minha gravidez.

Por tudo o que ele representa para a nossa família, vai ser brindado com este convite: ser o padrinho da Isabel.

Aceitas, Renato?






Fotos CV Love
Como se vos interessasse muito saber coisas das coleções anteriores:

Isabel - Sandálias Rosa Amora (para o ano compro outras, adorei)
Laço Little i

Coelho - Zara Home (obrigada Raquel!)
Mãe -  Vintage Bazaar

Renato - não faço ideia.

8.03.2015

Mães que estão prestes a deixar os filhos na creche (#02)

Mães, acalmem esses corações. Não chorem. Não muito.

Isto foi o que escrevi, e o que senti, no primeiro dia de creche da Isabel.

Agora, um ano depois, estamos finalmente de férias. Voltei a tê-la só para mim, com todo o tempo do mundo. É bom. Não é bom, é óptimo. Mas vamos a balanços: foi bom a Isabel ter ido para a creche. Não queria que tivesse ido tão cedo, é verdade, mas não tive alternativa. Acabou por correr tudo muito bem. Nem sempre, mas quase sempre.

Fato que usou no Carnaval na creche

No dia do pijama

A primeira mochila

Teve a fase de ficar a choramingar quando a deixava.
Também a cheguei a apanhar a chorar quando a fui buscar. 
Teve a fase de beber o meu leite lá e de nem sempre querer beber.
Teve a fase de trocar doenças com os colegas.
Teve a fase de não dormir nada bem nem deixar os outros dormirem.
Teve a fase de fazer moche aos colegas e de, muito provavelmente, também levar com eles.

Mas sei que o balanço é positivo. 

Agora apanho-a sempre feliz e a brincar. Às vezes nem quer vir logo ao meu colo, mas continuar nas brincadeiras, a mostrar-me como está feliz.
Agora dorme bem a sesta grande. Nem sempre dorme toda, mas lá se habituou à rotina.
Agora tem comido muito bem lá (é o que a safa, porque em casa é o que se sabe).
Agora dá beijos aos amiguinhos e já a vi dar um grande beijinho na boca à Laura, que entrou na mesma altura que ela, há um ano.
Agora, sei que ela está bem, integrada, crescida. 
Sei que teve atenção, colo, mimo, amor.


Mães que estão prestes a deixar os filhos na creche, eles ficam bem. Eles vão ficar bem. Confiem. 
O balanço vai ser positivo. No final do dia, eles vão voltar para o vosso colo e vão perceber que eles estão felizes.

7.28.2015

'Ca giras

No sábado fomos a um baptizado com uma cerimónia muito bonita, de uma bebé linda, linda e também nos esforçámos por ir bué da giras (não falo assim normalmente, só no gozo, não se preocupem).



Sim, sim, não se deve ir com tudo a fazer pendant (ou pandan), mas desta vez marimbei-me para isso. Gostei de ver. O vestido é dos saldos da Lanidor, os sapatos e a carteira dos saldos da Blanco.









A Isabel foi com um vestido de linho, cor-de-rosa bebé, da Laranjinha, e com um body de gola, com debruado rosa, da Isabella Babywear (espreitem que tem preços bastante acessíveis). Os sapatos e o laçarote são da Maria Benedita.

A brincadeira nº. 2 da Isabel (a nº. 1 tenho de explicar-vos num post em breve), passar por baixo das minhas pernas.
Neste caso, pois...




A dar a mão à Mia, coisas mais fofas


Com o querido Lucas, filho da Marta que começou connosco o blogue



Como é que isto se faz?

É assim?






Sessão "E tudo o vento levou", já com os sapatos de descanso. Ai não, chamem-me parva! (Pessoas a levar esta expressão à letra, check! lol)